sábado, 20 de julho de 2013

Barrigas....

Sou mãe de 3 crianças lindas! Levei a cabo 3 gravidezes,  umas mais fáceis que outras... Tentei sempre ao longo dos 9 meses cumprir as regras do peso para não engordar demais para voltar mais facilmente á forma... Mas 3 barrigas são 3 barrigas...

Quando nasceu o meu segundo filho, houve alturas muito difíceis para mim... Situações novas com as quais não soube bem lidar, desafios como ter 2 crianças tão diferentes em casa e ambas a precisar de mim, uma mudança de casa, um bebé que chorava muito e eu sem saber porque, viver com uma criança desconhecida, quando já estava tão habituada ao primeiro... enfim... Situações e sentimentos que foram difíceis mas que com a ajuda do meu marido e de alguns amigos resolveram-se e aprendi a viver com os meus 2 filhos amando os dois com a mesma intensidade...
Isto tudo colocou em segundo (ou terceiro...) plano o meu bem estar físico. Ginástica foi coisa que não fiz, nem tive qualquer preocupação nesse campeonato...

Agora ao terceiro, estou a colher um pouco esses frutos. Estou com o peso normal mas tenho uma barriguinha daquelas que não estamos grávidas nem deixamos de estar...
Não me sinto bem com a minha barriga mas ando já a trabalhar nisso...

O que mais me incomoda é que as outras pessoas esquecem-se que em primeiro lugar quem olha ao espelho somos nós... E se há pessoas que vivem bem com as suas alterações corporais há outras que nem por isso... É como quando engordamos por algum motivo e andamos a tentar contrariar essa tendência e alguém vem com a pérola: "Tas mais gordinho!!!" Apetece responder: "A sério??? Epah obrigada pela informação, ainda não me tinha olhado ao espelho....."
Ou mais, quando uma pessoa é por natureza magra, e não faz nada por isso, só ouve comentários do tipo "Tas tão magra!!!! Andas a comer???? Ve lá se não estás doente!!!"

Actualmente vivo mais ou menos bem com o meu físico, tirando a parte da barriga que me incomoda é certo, mas dado que tive um bebé há 1 mês é natural que não desapareça por magia... (Até porque não sou figura pública, pois a essas é que a magia acontece ;) ) Mas quando várias vezes comentam o estado do meu físico deixo de ser imune aos comentários e esses começam a ter um efeito pouco simpático...

Agradeço a todos que me chamam a atenção pelo meu físico, até porque na maioria das vezes acho (e espero) não o fazem por mal, mas por favor não esqueçam que quem me vê primeiro ao espelho sou eu mesma! E além disso sou muito crítica e consigo tecer os mesmos comentários que vocês ou até piores, por isso podem poupar-se ao trabalho :)

Entretanto já ando a fazer por reduzir a pança... entretanto vou disfarçando, não porque ignoro que exista mas porque preferia que não existisse...

J
 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

E quando eles choram e ficamos loucas????

Adoro bebés!!! Adoro tudo o que os bebés implicam! Os soninhos, os colinhos, a maminha, os banhos, até o choro!
Nunca me preocupei muito com o choro e não me faz impressão nenhuma ouvir um bebé chorar. É uma situação normal com a qual nós mães temos de aprender a viver...
Os bebés têm de comunicar e fazem-no pelo choro, e natural e normal.
Não quero dizer que gosto de os ouvir chorar (nem pensar!!!) mas não me aflige ouvir um bebé chorar e a minha reação é calma e tranquila na procura de uma solução.


Mas não sou de ferro! Quando um bebé, neste caso a minha pequena C, tem crises de cólicas (digo eu que é de cólicas, porque o choro vem acompanhado de outros sons libertadores ;)) o choro dela é aflitivo! E mesmo para mim que reajo com tranquilidade a partir de determinada altura parece-me demais...

Acredito que estes choros levem muitas mães de primeira vez ao desespero (Eu de terceira viagem já fico maluca!!)!
Ao pensar nisto acho que é assustador, porque mesmo quando estamos a 100% estes choros podem destabilizar, imagino uma pessoa cansada, que não sabe o que fazer com um bebé pequenino que chora sem parar...

Cá em casa acontece muitas vezes atingir a loucura! A C a chorar até ficar roxa, o D (sem a mínima capacidade para esperar) a pedir algo constantemente e quando não é satisfeito no tempo que ele acha que é o aceitável também chora e por fim o J a pedir atenção ou a gritar enquanto corre ou brinca...
Muitas vezes conto até 1000 para não explodir, mas nem sempre é possível e acabo por descarregar neles o meu cansaço e a minha incapacidade...

Mas ser mãe passa também por isto, por atingir a loucura para depois voltar a ser racional (ou pelo menos tentar) e ganhar forças para se viver na casa cheia :)

J

Comprimidos milagrosos...


Comprimidos milagrosos... Era isso que precisava!
Eu e todos os pais (digo eu!)
Uns comprimidos que tomássemos e que nos impedissem de ficar doentes ao pé dos nossos filhos... Até podíamos continuar doentes depois, com as enxaquecas, febres, dores de costas, de barriga, de dentes, mas enquanto temos a nosso cargo crianças os sintomas desapareciam e nós seriamos sempre pais ativos e prontos para a ação!

Infelizmente na ultima semana tive uma mastite, que para quem não sabe é uma inflamação da mama e que pode ter como sintomas (entre outros) dor (INTENSA!!!!), vermelhidão, e febres altas. Para mim cuja temperatura normal é por regra baixa, ter 2 dias com febres entre os 38.5ºC e os 39,9ºC foi terrível...
E a juntar a isto ter a C pequenina para tratar (e mamar......) e os outros filhotes para tratar e dar atenção digo-vos foram 2 dias de pesadelo!
O meu marido passou a ter 2 filhos pequenos, uma bebe de 1 mês e um peso morto com 39 de febre... As minhas olheiras iam até ao queixo, mas as dele não estavam muito melhor....

Se os tais comprimidos existissem tudo seria mais fácil!!! Os filhos não deveriam ter de ver os seus filhos doentes.
Lembro-me bem da cara dos meus filhos quando me vêem doente, parece que sofrem comigo... querem que fique bem, que não fique deitada... É difícil... Nem quero imaginar quando os pais têm de passar por doenças mais complicadas!!!

Eu própria lembro-me do meu sentimento quando vi pela primeira vez (e única até ao dia, graças a Deus) o meu pai num hospital porque tinha sido operado... Nunca imaginei ver o meu pai, o meu homem sempre forte e sempre ativo deitado e dependente...

Uns comprimidos milagrosos é que eram mesmo bons!

J

terça-feira, 9 de julho de 2013

Animais domésticos... são "filhos" ou apenas animais de companhia????

Desde que me lembro de ser gente, ou pelo menos desde que me lembro de termos condições, os animais domésticos foram uma realidade em nossa casa. Cães, gatos, pássaros...
Sempre fui uma apaixonada por animais! Com a maior parte deles criei uma ligação muito especial e por isso quando por algum motivo partiam sofria com isso.
Sempre me foi transmitido que os animais são amigos e companheiros, que devem ser cuidados, amados, respeitados e bem tratados mas sempre os vi como isso mesmo, animais de companhia! Doia-me sempre quando um deles morria, mas isso ajudou-me a aceitar a morte como parte da vida, a fazer o luto e a continuar a viver.

Felizmente o meu marido partilha o meu gosto por animais, não por todos da mesma forma é certo, mas porque achamos que são importantes no crescimento dos miúdos a nossa casa cheia, também está cheia de animais!
O nosso filho mais velho o J adora todo o tipo de animais, excetuando talvez os insetos, mas de resto o rapaz é maluco por todos! E fico feliz que assim seja!!!
No entanto, esta semana está ser, neste campo, muito dolorosa... A nossa gata sofreu uma espécie de acidente e foi internada num estado muito complicado com um prognóstico muito reservado. O tratamento proposto, que não nos dava garantias de ela conseguir sobreviver era muito dispendioso e incomportável para nós (pelo menos nesta fase da nossa vida) e infelizmente tivemos de optar por adormecer a gata para por fim ao seu sofrimento.
Esta decisão foi terrível para mim! Deixou-me muito abaixo e com grande peso na consciência... Porque raio não era eu rica para poder gastar sem olhar a outras despesas? Como podia eu, que adoro animais, tomar tal decisão?

Tudo isto fez-me pensar muito na perspetiva que tenho dos animais e que me fez tomar esta decisão. Na verdade eles não são verdadeiramente "meus filhos". Enquanto eu puder, darei todos os cuidados aos animais que os permitam estar confortáveis e ser felizes, mas não consigo nunca igualá-los a um dos meus filhos, porque por estes eu daria a minha vida ou se não tivesse condições financeiras para um qualquer tratamento vendia tudo o que fosse preciso!

Sei que muitos dos donos de animais de companhia não concordam comigo e acreditam que um animal merece o mesmo que um filho, e respeito a opção e opinião de cada um, mas eu não consigo ver as coisas assim...

Infelizmente tomei esta horrível decisão e sinto-me péssima por isso, mas os meus queridos filhos e o seu bem estar são a minha prioridade maior!  

Espero que a gatinha fique em paz....

J


sexta-feira, 5 de julho de 2013

O Futuro.... Qual será?


Ao olhar para os meu três pequenos penso muitas vezes que futuro irão ter? Que exemplo lhes estamos a dar? Como estará o mundo daqui a 20 anos? Que caminho irão percorrer?
Ao tentar projetar o futuro confesso que fico muito receosa...

Ainda que nem pense na crise económica, crise política, o que me preocupa mesmo é o espírito das pessoas, a falta de respeito e de consideração que temos uns pelos outros, a falta de tolerância que impera entre todos...
Quem trabalha com público sabe bem que temos de engolir muitos sapos, faz parte e na maior parte das vezes não nos faz mal nenhum... uma pessoa habitua-se!
Mas a verdade é que ultimamente andamos todos muito nervosos, provavelmente porque a vida anda cada vez mais difícil e nem sempre lidamos da melhor forma com a frustração e com as dificuldades, e muitas vezes projetamos os nossos problemas nos outros...
Quantas vezes não me acontece tratar mal alguém que me é querido (e nesse campo o meu marido leva sempre com o meu mau humor) porque o trabalho correu mal ou porque me chateei com algum colega?

Que exemplo damos aos nossos filhos, quando não temos paciência para os outros, quando não sabemos esperar, quando refilamos logo (e muitas vezes com agressividade) quando algo corre mal, quando alguém erra, quando não sabemos aceitar que o outro é diferente de nós e pensa de forma diferente?
Sinceramente preocupa-me nem sempre conseguir ser um bom exemplo para os meus filhos... Não consigo fazer o caminho por eles, não consigo escolher por eles, mas tenho a esperança de com o exemplo poder ajudá-los a escolher o mais correto, a fazer o melhor caminho... E se não conseguir?

Ser mãe e pai é um desafio diário! Estamos constantemente a ajudar na construção dos nossos filhos e isso é uma responsabilidade assustadora... É verdade que não construímos a personalidade dos nossos filhos, mas ajudamos a construir o caracter e a forma como encaram a vida e como a vivem!
Esta responsabilidade às vezes parece-me grande demais para mim... Mas a opção de ser mãe implica esta responsabilidade e só posso pedir e desejar que esteja sempre à altura do desafio...

J

quinta-feira, 4 de julho de 2013

"Ir atrás do choro"

Hoje estou particularmente cansada... Às 3 semanas da vida da C as cólicas começaram a atacar em força...
Sei que as cólicas são um tema muito pouco consensual e muitos são os que acham que não existem... que simplesmente os bebés têm de chorar e nós pais não sabemos porquê... outros dizem que apenas surgem a partir das 3 semanas - 1 mês... outros ainda que podem aparecer logo à nascença...
Enfim, a mim pouco me importam as teorias! O que me importa é o que se vive aqui por casa!

A verdade é que a C sempre teve muito ar nos intestinos, e para isso não é preciso ser expert, basta observar e ouvir (cheirar ainda não porque felizmente ainda não cheira mal :)), mas agora chora muito mais quando está na hora de libertar o que está no seu interior... E para juntar mais um ingrediente a C vai atrás do choro... que é para muitos um mito, mas para mim é uma realidade bem consistente!

O J, o nosso mais velho a partir do seu 1º ano de idade também começou a ir atrás do choro, a ficar roxo, a ter espasmos musculares e até mesmo a desmaiar... Sei (ou pelo menos quero acreditar nisso) que ninguém morre por ir atrás do choro, mas não é um espetáculo nada bonito de se ver, muito menos nos nossos filhos!
Com o J a coisa começou com uma cabeçada no joelho do pai e a partir daí, a criança até usava isso como forma de protesto... Muitas foram as formas que utilizámos para interromper o ciclo vicioso de ir atrás do choro, desde sopro para a cara, palmadas no rabo, entre outras técnicas pouco simpáticas de se fazerem e de se verem, mas na verdade ainda que sempre me tenham dito que a criança acaba por vir a si própria sozinha, acreditem é muito mau de se assistir a um episódio destes...

Ora a C, desde que nasceu que te esta particularidade, chora muito pouco, mas quando chora, fá-lo com uma intensidade assustadora e como tem um choro continuo, fica logo roxa...
Actualmente depois do mestrado que fizemos com o J já não me assusto e estou perfeitamente tranquila com esta situação, mas há dias difíceis em que temos de ir buscar forças os calcanhares (sim porque já mais parte nenhuma do corpo tem reserva!) e continuar tranquila...

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ai as noites....

Faz hoje 20 dias do nascimento da C... 20 noites a acordar de 3 em 3 horas, às vezes com intervalos que chegam às 4h mas também alguns que não passam as 2h...
20 noites de dor....

Não me posso queixar muito porque a pequena até é boazinha e não me dá muito que fazer mas 20 noites, são 20 noites...

E de manhã custa muito!!
Quando foi o 1º ou até o 2º eu nem acordava de manhã, o pai organizava tudo, mas agora é preciso reforços de manhã se não o homem só sai de casa lá para as 10h!!! (ainda que acorde às 7h!) Entre almoços para levar, organizar as coisas para o ATL, vestir, tomar o pequeno almoço, lavar a boca e os dentes, e lavar os dentes outra vez (porque à primeira nunca ficam bem como a mãe gosta), pentear, procurar aquele brinquedo que queria mesmo levar (Não!!! Não pode ser outro! Tem mesmo de ser aquele mãe!) uma pessoa sozinha perde 3 kilos só nestas andanças de manhã...

E perguntam vocês "E porque raio não vais dormir a seguir???" Porque não consigo, com tanta coisa para fazer cá em casa não consigo...É triste mas é assim mesmo...

20 noites.... E hoje mais logo temos outra.......

J

terça-feira, 2 de julho de 2013

3º filho... sem romarias!

Já li em vários sítios que o 3º filho é tratado de forma menos picuinhas (não me ocorre outro termo) que o 2º e muito menos que o 1º...

Penso que os pais na fase do terceiro já estão com embalagem suficiente que os impede de andar stressados com coisas que não justificam, sabem lidar com as diversas situações de forma bem mais calma e tranquila, resolvem as questões confiando bem mais no seu bom senso!

Ao ler as afirmações que se fazem em relação aos 2ºs e 3ºs filhos, penso que não faço parte da maioria...

O nascimento do meu primeiro filho, o J foi algo mágico pois conheci o sentimento de amor incondicional, fiquei apaixonada em segundos, descobri a magia de ter um filho, um ser que é feito com amor, que vive meses dentro de nós e que depois sai lindo, perfeito, maravilhoso, e sai de dentro de nós!!! É uma experiência maravilhosa que nos muda toda a visão que temos do mundo, da vida, de nós próprios, dos nossos pais...
E os primeiros meses são mágicos mas também desafiantes e até difíceis pois iniciamos um trabalho para  toda a vida, com todas os desafios que isso acarreta. E os filhos não trazem livro de instruções (e que seria tão útil em algumas situações!)

O nascimento do segundo filho, o D. foi um misto de felicidade e medo... Não há o elemento surpresa que se vive no primeiro filho mas a verdade é que experimentamos novamente a magia de concebermos um ser vivo, uma pessoa...
No entanto, nesta fase experimentamos o medo de não sermos capazes de amar com a mesma intensidade com que amamos o 1º filho. Medo de não nos conseguirmos dividir na tarefa de mãe de duas crianças com necessidades tão diferentes.
E não é fácil... Não é mesmo, mas é possível e muito bom!

O nascimento do terceiro filho, a C, foi para mim maravilhoso... Sem o grande elemento surpresa, mas também sem a angústia de não conseguir amar ou responder ao novo desafio... Foi uma experiência linda e muito tranquila!
E apreciar este 3º filho tem sido para mim muito especial. E talvez eu vá contra a maioria mas esta experiência permite-me por exemplo tirar imensas fotografias para registar estes momentos únicos! Viver este momento talvez não com a mesma intensidade do 1º mas com muita tranquilidade :)

Há, no entanto, uma situação que eu acho injusta para o 2º e ainda mais para o 3º filho (nem sei se é uma situação, mas pelo menos um sentimento meu...)... O 3º filho de alguém (para alguns, não para todos obvia e felizmente) não entusiasma como os outros, porque é o 3º, no fundo é mais um... Havemos de o conhecer um dia destes... Por um lado agradeço não existirem romarias cá a casa, porque são cansativas e às vezes a paciência não é muita, mas acho que qualquer criança que nasça merece o mesmo tratamento e atenção das outras... Entretanto, vamos gozando e mimando com tranquilidade a nossa princesinha :)



J